Em 1 Tessalonicenses 4 e 5, Paulo nos diz a respeito de uma vida que agrada a Deus e que espera pela volta de Cristo. Dentre todas as recomendações e encorajamentos, o apóstolo nos deixa um conselho intrigante:
“Sejam gratos em todas as circunstâncias, pois essa é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” 1Tessalonicenses 5:18 NVT
Diante de tanta maldade no mundo, de uma pandemia que parece não ter fim e de tantos problemas que assolam nossas vidas pessoais, como podemos ser gratos? A gratidão não parece ser uma possibilidade. Muito pelo contrário, facilmente podemos encontrar inúmeras razões de descontentamento.
Mas, quem foi o homem que nos recomenda algo tão difícil? Em suas cartas, Paulo diz sobre si:
“Três vezes fui golpeado com varas. Fui apedrejado uma vez. Três vezes sofri naufrágio. Certa ocasião, passei uma noite e um dia no mar, à deriva. Realizei várias jornadas longas. Enfrentei perigos em rios e com assaltantes. Enfrentei perigos de meu próprio povo, bem como dos gentios. Enfrentei perigos em cidades, em desertos e no mar. E enfrentei perigos por causa de homens que se diziam irmãos, mas não eram. Tenho trabalhado arduamente, horas a fio, e passei muitas noites sem dormir. Passei fome e senti sede, e muitas vezes fiquei em jejum. Tremi de frio por não ter roupa suficiente para me agasalhar.” 2Coríntios 11:25-27 NVT
Gratidão em meio às adversidades
E apesar de todas as adversidades ele afirma:
“Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.” Fp 4:12-13.
Paulo com certeza viveu uma vida muito mais difícil que a nossa e mesmo assim nos diz que aprendeu a viver contente. Logo, podemos inferir que a gratidão não é uma disposição natural do homem, mas uma virtude do Espírito que pode ser desenvolvida.
Assim, o segredo da gratidão é confiar na vontade de Deus para nós e em suas promessas. Em Romanos 8:28 aprendemos que todas as coisas – boas e ruins – cooperam para o bem dos filhos de Deus. E que bem é este? Qual é a vontade de Deus? Essa pergunta é respondida em seguida: “Pois Deus conheceu de antemão os seus e os predestinou para se tornarem semelhantes à imagem de seu Filho.” (Vs 29).
A vontade de Deus é que sejamos parecidos com Jesus!
Nosso Senhor sempre demonstrou sua firme confiança no Pai e expressou sua gratidão. Jesus conhece o Pai, pois tem comunhão com Ele e deseja que assim seja em nossas vidas!
Quando conhecemos a Deus podemos descansar em sua bondade e providência, crendo que mesmo das piores circunstâncias Ele tirará o bem. Nem sempre entendemos os caminhos do Senhor. Mas podemos confiar em nosso Guia, pois Ele não mente e jamais falhará!
Conclusão
Assim, tendo a firme confiança de que nosso Pai é bom e infalível, podemos nos ser agradecidos em todos os momentos, pois Ele cuida de nós!
A gratidão é também o reconhecimento da bondade constante de Deus. Em diversos trechos da Escritura, somos recomendados a não nos deixar esquecer dos feitos do Senhor.
Desse modo, quando trazemos à memória todas as obras do Pai realizadas em nosso favor, das quais nem somos dignos, é impossível se deixar levar pela ingratidão. Nosso coração se enche de alegria e esperança!
Que a gratidão seja parte da sua vida! Busque conhecer o Senhor e relembrar tudo o que Ele fez – e continua a fazer – por você! Confesse suas inquietações e peça por um coração transformado que transborda em agradecimento e amor pelo Pai.
Júlia Fávari
Vida cristã, feminilidade e teologia.
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