Uma das icônicas obras do grande autor C.S Lewis (1898-1963), descreve de uma maneira fantasiosa, alegórica e minuciosa, uma narrativa cativante. Sempre atento aos detalhes, Lewis descreve o protagonista, o qual se encontra preso em uma cidade, chamada pelo autor de “inferno”.
A história
Em primeiro lugar, a trama se inicia quando o protagonista se vê preso em uma fila para embarcar em um ônibus que o destino era o “Paraíso”. Mas, ele não se encontra sozinho, junto a ele, estão alguns personagens. A forma que Lewis descreve os personagens em torno da história, lembra uma obra muito conhecida, “A Divina Comédia” de Dante Alighieri.
Ademais, enquanto o protagonista aguarda o ônibus, nos deparamos com alguns diálogos entre os personagens, os quais C.S Lewis, de forma reflexiva, queria demonstrar a indignação com a soberba e as vontades que todos os seres humanos têm dentro de si. Ao decorrer da obra, compreendemos, acompanhando os diálogos entre os personagens e protagonista, que todos são “fantasma” ou “espíritos”, e já estão mortos.
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O ponto alto da obra
O clímax da obra se dá na dificuldade dos personagens em aceitar o Deus Vivo, quem deu uma segunda chance para todos viverem junto a Ele no “Paraíso”. Contudo, todos estão cegos, cada um vê seu próprio deus, os quais não passam do egocentrismo, dúvidas e “pecados” em vida, segundo Lewis.
Outra fantástica cena ocorre logo após a chegada à terra conhecida como “Paraíso”. Quando o protagonista ouve a conversa entre um ser “Resplandecente” (o qual já se encontrava no “Paraíso”) e um “Fantasma” que estava junto ao protagonista no ônibus que partiu da cidade.
Dessa forma, um “Fantasma” Gordo e com uma linguagem culta, e o ser “Resplandecente”, começaram uma reflexiva conversa. No decorrer das ideias sobre suas ideologias e questionamentos, compreendemos que ambos se conheciam antes de morrer. O ser “Resplandecente” em sua vida passada era amigo do “Fantasma”, os dois travam uma discussão de intelectos, devido os questionamentos sobre fé, Deus e suas existências.
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A escolha entre Céu e inferno
Além disso, o “Fantasma” estava indignado pois era um culto e intelectual teólogo que dedicou a vida dele inteira em se aprofundar nas escrituras. Entretanto, foi para no “inferno”, onde ele se recusava acreditar que era mesmo o temido e assustador “Inferno”.
Ademais, ele questionava o seu amigo. Dizia que Deus dono de toda inteligência, não mandaria ele para este lugar e para o paraíso, um jovem que somente tinha uma fé e um pensamento que ele, ironicamente chamou de “bitolado”.
Assim sendo, podemos perceber que o ser “Resplandecente” sentia empatia e compaixão por seu amigo da vida passada. Ele comenta que o “Fantasma” para alcançar o “Paraíso” teria que deixar sua forma atual e se tornar novamente como uma criança. Isso porque ele havia se tornado cético, de tal forma que seu intelecto estava acima da sua fé em Deus. Assim, o “Fantasma”, após uma grande e profunda conversa, acaba decidindo continuar com sua inteligência. Ele alega que isso é tudo que ele tem de mais precioso. Dessa forma, volta para o ônibus que o levaria de volta para cidade. Se despede de seu amigo, devido seu sermão que iria ministrar na cidade, precisava voltar quanto antes, largando assim o “Paraíso”.
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Opinião do escritor
Desse modo, a obra apresenta vários diálogos muito profundos e reflexivos, onde temos o entendimento sobre o bem e o mal, a graça e o julgamento. Com um ótimo uso da sua criatividade, C.S Lewis cativa tanto com a diversão de uma boa leitura leve, quanto com a seriedade ao abordar vários assuntos desafiadores.
Por fim, o que podemos tirar do Grande Divorcio são várias experiências sobre nossas vidas, fé e reflexão sobre o que Deus significa para nós. Se Deus com sua misericórdia nos desse uma segunda chance para entrar no Paraíso, qual seria nossa decisão? Deixaríamos os prazeres, amores e deuses?
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Marcus Vinicius
@marcus.vini.silva
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